quarta-feira, 8 de junho de 2011

2ª Etapa. - Correndo atrás!

Para retomar o atraso da primeira etapa, eis uma pequena introdução...


A Necessidade de Design?

“Mas se existe design de interiores, pq não tem tipo, design de exteriores?” foi dito por um amigo uma vez, o que precedeu uma série de zoações por parte de vários. “Isso é arquitetura, seu burro!”. Era claro como se estivesse sob holofotes! Porque então discordaríamos?

Muitos pregam que a arquitetura seria algo como a 8ª arte; sempre que buscamos uma definição de arquitetura, nos deparamos como “a arte de ...”, mesmo que sejamos, desde o século passado adeptos da máxima “a forma segue a função”[Louis Sullivan]. Desconhecendo isso, as pessoas evitam contratar os serviços de arquitetos, urbanistas e paisagistas porque acham uma frescura, que isso é apenas levar uma arte a mais, e que a arte não é mais necessária para suas casas, como uma mala pesada. Dentre todas as prioridades, a de pintar as paredes, colocar forro e trocar o piso são as de menor interesse das periferias. Mas elas não entendem...

O que se vê na arquitetura de modinha, de grife, são edificações “pós-modernistas” cuja forma não atende a nenhuma funcionalidade, trazendo o retorcido à evidência... daí a impressão que os brasileiros têm, de que o arquiteto é um enfeita-bolo como os das grandes revistas, todos em busca do espetacular, do “artístico”. Por causa dos nossos ídolos frufrus, as pessoas passaram a desacreditar na arquitetura faz tempo.

Mas, claro, nem tudo está fodido perdido. As condições das habitações de interesse social estão estagnadas em um traço pouquíssimo funcional (e pior, nem sequer artístico!)... então quem poderia salvar a espacialização de quem não pode desperdiçar tempo e dinheiro? Os designers de exteriores: é uma nova necessidade de design.

Nessa segunda etapa do ateliê de habitação social eu preciso tirar pelomenos 46 pontos em 60 deve ser resolvida uma questão: HABITAÇÃO SOCIAL É UM MEIO DE SEGREGAÇÃO?

Como todas as perguntas inteligentes, não há apenas uma resposta. É uma faca de dois gumes! A habitação tem sido sim utilizada para diferenciar as vizinhanças caras das baratas. E quando o trabalho de habitação é feito com o sentimento de dó (inferioridade), acabamos por jogar as pessoas no lugar que financeiramente mais (nos) convêm. Mas com o devido desígnio, design, é possível que haja uma periferia centralizada! Para isso, não basta que se entregue apenas A CASCA para as pessoas, mas sim, que hajam políticas corretas de inserção social (que não vêm ao caso nesse exercício). Tendo toda essa chatice em vista, tomaremos em nossa teoria, não apenas um tipo habitacional, mas uma vila bem no meio do bairro Brasil. Utilizaremos materiais meio que utópicos para o nosso já bastante utopizado plano de inserção. Partiremos do OSB, Steel Frame, Dry-Wall e Placa Cimentícia porque fomos quase que forçados são mais eficientes e limpos (maiores detalhes na primeira parte).

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